sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Resenha: O Menino do Pijama Listrado

Quem já viu o filme O Menino do Pijama Listrado olha pro livro e já começa a chorar, e não é atoa, o filme é simplesmente o Marley & Eu da época do nazismo, e não poderia deixar de falar sobre esse livro e filme.



Bom, o livro vai nos mostrar o menino chamado Bruno que mora em Berlin com a sua família; Nessa família teremos o próprio menino, Bruno (que é bem tímido, gosta de ler, gosta de explorar) sua irmã, Gretel, (que para ele é ''um caso perdido''), sua mãe, (que é muito boa com ele) e seu pai, (que apesar de ser rigoroso é bem amável com ele e sua irmã).

Mas de repente o pai do menino é chamado para uma ''grande plano que o Fúria tem pra ele'' e todos vão para outra casa.

Essa casa é totalmente misteriosa para Bruno e ao chegar lá ele se vê isolado do mundo inteiro e afastado de seus amigos e avós. Ao se sentir muitas vezes sozinho, o menino começa a explorar tudo o que pode até que um dia ele encontra uma ''fazenda'', que na verdade sabemos muito bem que tipo de ''fazenda'' é essa, com as crianças e os fazendeiros.

Mesmo com sua mãe o aconselhando para não ir explorar lá, Bruno vai atrás desse lugar tão misterioso que podia ver pela janela de seu quarto.

Ao chegar, ele encontra uma criança: Shmuel. Shmuel é tão tímido quanto Bruno, mas isso não os impede se serem amigos (nem mesmo a grande cerca), e ao longo do tempo essa amizade vai ficando cada vez mais bonita e o pequeno judeu começa a contar tudo o que aconteceu com ele e com sua família, ainda que seu novo amigo seja muito inocente para entender a gravidade do que está acontecendo.

É incrível como o autor narra a história de uma maneira simples e perfeita. Os pontos marcantes que estavam acontecendo com os judeus naquela época é mostrada de uma forma aparentemente discreta, visto que tudo acontece aos olhos da família Alemã.

Por serem crianças, todos tentam explicar a Bruno e Gretel que eles não devem ficar perto dos judeus, que eles são inferiores, etc. E é ai que vemos como certas ideias não abalam a cabeça das crianças, pois Gretel segue toda a ideologia que lhe impõem mas Bruno não, ele questiona bastante sobre por que ele tinha que ter esse comportamento em relação ao outro.

O interessante, é que ninguém conseguia responder claramente sua pergunta sem que fosse com ''Eles destruíram nossa literatura'', ''Eles são traidores'', etc, etc. Então, não é pelo fato de que é difícil explicar para uma criança o que estava acontecendo, é que simplesmente não há motivo plausível fazer tamanha façanha.

E uma outra coisa importantíssima que é mostrada em uma parte do filme, é uma longa metragem mostrando como a vida os judeus era boa no campo e que como eles estavam felizes. O que faz Bruno se intrigar cada vez mais, pois ele percebe que aquilo era mentira.

Enfim, não basta ver o filme ou ler o livro simplesmente esperando um final feliz ou uma história alegre (pois essas duas características nunca estão presentes em filmes como esse), é preciso captar pequenos pontos e parar para refletir sobre diversas coisas.

CLASSIFICAÇÃO 





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