sábado, 29 de novembro de 2014

Resenha: Antes que eu vá, de Lauren Oliver

''TALVEZ  voce possa se dar ao luxo de esperar. Talvez para você haja um amanha. Um, dois, tres ou dez milhões de amanhas ... Tanto tempo, que você possa nadar nele, deixar rolar e enrolar-se nele, deixá-lo cair como moedas por entre os dedos. Tanto tempo que voce possa desperdiçá-lo.''
Mas, para alguns de nós, há apenas o hoje. E a verdade, afinal, é que voce nunca sabe quando chegará a sua vez''.




Tai um pequeno texto que nunca devemos esquecer. No dia a dia, acabamos tratando alguém que amamos de má forma e não pedimos desculpa, deixamos para amanha o que nos pode fazer felizes hoje e nem nos damos conta ...

O livro começa com Samantha Kingston pegando carona com sua amiga Lindsay, elas conversam coisas habituais do dia a dia até que sua amiga toca em um tópico: a virgindade de Samantha. Ela sempre fica na encolha quando o assunto é esse pois duas das suas quatro melhores amigas já fizeram, e como ela namorava, queria acabar com isso logo para não ser mais contrariada por suas amigas.

Chegando em sua escola, Thommas Jefferson, era o dia do cupido, o dia em que os alunos compravam flores e mandavam bilhetinhos anônimos para seus amigos. Samantha estava animada, pois também sabia que a quantidade de flores que recebia media sua popularidade, ela pensa:

''A popularidade é estranha. Não se pode defini-la de fato, e não é legal falar do assunto, mas você reconhece quando a vê. Como um olho vesgo ou pornografia.'' 

Sam valoriza muito a popularidade, tanto que demora muito para consegui-la. Ela tem o namorado mais desejado da escola, Rob Cokman, e as amigas mais legais. Mas claro, como tudo tem seu preço, ela é ''obrigada'' a desprezar pessoas que não são ''como ela'', pessoas como Juliet Sykes ou ''a psicótica'' e Kent, o garoto do chapéu de coco e também o garoto que gosta de verdade dela. E claro, outros personagens aleatórios contados por ela que recebem grandes críticas de brinde.

Em relação a Juliet, não apenas desprezar, mas sim humilha-la sempre que possível, mas falaremos dela daqui a pouco, ela é peça vital nessa história.

Enfim, suas outras amigas, Ally e Elody a chamam para a festa de Kent. Mas não só uma festa, ou uma das milhares de festas que vai nos fim de semana, é a festa em que pretendia não ser mais virgem, a festa em que acabaria em um fim horrível.

Elas se encontram na casa de uma delas para se arrumarem, levam uma garrafa de vodka para dividirem no caminho e vão. Chegando lá, Sam já tem sua primeira decepção, seu namorado, já está bêbado. No desenrolar da festa chega uma garota, linda, toda iluminada. Mas é Juliet Sykes! E naquele momento, sobe um sengue nos olhos de Lindsay e agora há uma tensão entre as quatro amigas e Juliet: Como ela pode estar tão linda? Como ela pode ter vindo a uma festa? Isso as emburrece.
Essa tensão leva as rivais a saírem nos tapas até serem expulsas da festa.

Estava escuro, elas estavam nervosas, dirigindo por aquela estrada molhada e desconhecida. De repente vem uma luz, a luz de um caminhão vindo em direção ao carro ...

Na história, uma morte, no livro, um  flash black. Samantha Kingston acorda em sua cama, suada, confusa e aterrorizada. Ela olha a data em seu celular - sexta -, no inicio ela não entende, até ouvir sua amiga Lindsay ligar dizendo que está atrasada para a escola. Ai a ficha cai, o dia se reinicia e ela viverá tudo outra vez ...

Não se passam apenas dois mas sete dias. Sete dias foi o tempo em que Samantha descobriu o que havia de errado em sua vida, descobriu o quão errado tratava as pessoas que a amava e as pessoas que ''não eram como ela'', e de como tratava as pessoas  que pensava que a amava, o tempo para fazer o que lhe desse na telha, e descobrir que o que se mais deseja nem sempre é o certo para si, e finalmente, salvar uma vida.

E foi também ao longo do livro, em que nos, leitores, descobrimos o quão frágil e manipulada é a Sam, a partir de suas histórias e do jeito de como é com suas amigas e namorado, como eles têm influencia sobre ela, fazendo com que mesma faça tudo o que é imposto sem mesmo saber o porquê e nem mesmo questionar (o preço da popularidade para alguns).



Esse livro, significa pessoalmente para mim, o marco do fim da minha infância e o marco inicial de uma vida de leitora. Ganhei esse livro de presente no meu ultimo dia das crianças, se não me engano com 11 ou 12 anos, e foi a partir dai, que comecei a gostar de ler.


Agora vamos a mulher quem me deu proporcionou este marco, a mulher que é viciada em café e sempre exagera do ketchup assim como eu: Lauren Oliver. Lauren é uma escritora nova-iorquina que iniciou sua relação com a literatura bem cedo, pois tinha pais professores de literatura e eles sempre a ensinaram e estimularam a ler e imaginar. Estudou literatura em Chicago e participou de um programa MFA da NYU. Começou a trabalhar na Penguin Books em 2009 e foi nesse tempo em que começou a escrever seu primeiro romance: Antes que eu vá. 

Mas antes de qualquer coisa, deem uma espiadinha nesse Book Trailer ;)



A classificação vai ser três mesmo, é uma história boa, mas foi um livro que significou algo para mim e não que me fez chorar, me emocionar e muito menos me sentir nas nuvens. 

CLASSIFICAÇÃO: 





Um comentário:

  1. Adorei teu comentário no meu blog e fico muito feliz que você tenha gostado <3
    adorei a resenha desse livo, é a primeira vez que vejo alguém falando sobre ele e é bem o tipo de livro que eu gosto ;*

    ResponderExcluir